A concepção do espaço, enquanto distância entre duas realidades, tem
sofrido alterações ao longo do desenvolvimento da humanidade. Primeiro foi
Euclides que definia espaço como a menor distância entre dois pontos e, por
conseguinte, a linha recta seria o que melhor se adequava; no entanto
posteriormente com a teoria da relatividade surge a noção de espaço curvo e a
curvatura do espaço seria operada pela matéria; nesta teoria o espaço ou
distância continuaria a ser uma linha mas agora seria uma linha curva. Também
ambas as concepções admitem a continuidade do espaço e a sua isotropia
universal portanto, qualquer corpo para se deslocar de um ponto até outro teria
de passar por todos os valores intermédios e a medição da distância entre os
pontos referidos seria sempre igual, qualquer que fosse a região ou local do
universo onde essa medição se realizasse. Finalmente Patrício Leite, através da
teoria da densidade do espaço, conceptualiza a distância entre duas realidades
como volumétrica, descontínua e anisotrópica. O espaço é volumétrico já que
pontos e linhas são abstracções mentais sem realidade física mas também porque,
não é a massa ou matéria que encurva o espaço mas, na realidade, o espaço é
massa mais ou menos densificada; por outro lado é descontínuo e o movimento
faz-se como que por “saltos” entre densitrões sendo o densitrão o resultado de
um quociente constante entre a massa e o volume, é também anisotrópico já que
as diferenças de densidade provocam alterações nas medições de distâncias em
diferentes locais do universo.
A tentativa de desenvolver uma computação com processadores cada vez mais
potentes (computação quântica), assim como uma internet mais rápida (internet
quântica), tem conduzido a teorias físicas interessantes cujo resultados
recentes, de algumas investigações, têm apontado para a teoria da densidade do
espaço de Patrício; na realidade a noção de entrelaçamento ou emaranhamento
quântico que motivou experiências físicas com partículas subatómicas
demonstraram que o número quântico magnético ou spin de duas partículas que
previamente interagiram fica de tal modo ligado que causar uma alteração do
spin de uma dessas partículas provoca simultaneamente alteração no spin da
outra partícula, ou seja; a variação simultânea do spin de uma partícula com o
spin da outra, não depende da distância a que estas partículas se encontram, é
pois muito mais rápida que a velocidade da luz, é simultânea, pelo que não
depende da distância nem do tempo nem do espaço-tempo relativistico. O facto de
existirem propriedades de partículas que ocorrem simultaneamente por
interdependência; qualquer que seja a distância que separa essas partículas ou
qualquer que seja o local do universo onde elas se encontrem, levou a pensar em
variáveis escondidas, ou ocultas, que a ciência ainda não descobriu mas também
que o espaço ou distância é descontínuo e anisotrópico em conformidade com o
previsto pela teoria da densidade do espaço.
Doutor
Patrício Leite, 28 de Junho de 2017