O Mercantilismo do Poder

O Poder é um bem. É um bem porque é necessário, porque é capaz de satisfazer necessidades. No entanto, não são todas as pessoas, que podem deter e controlar este bem; logo é um bem escasso. Sendo o poder algo dualisticamente necessário e escasso, ele é um bem económico. Como bem económico, que é, o poder pode ser transaccionado no mercado; eis o mercantilismo do poder! A comercialização do poder está sujeita às leis dualisticas da oferta e procura. Vejamos, cada cidadão tem um certo poder sobre a comunidade em que vive. Na actual estrutura democrática representativa da sociedade portuguesa, o poder do cidadão sobre a comunidade é o seu poder de voto. Um cidadão vale um voto. Por cada voto que um cidadão ofereça a um partido, o estado português decidiu pagar a esse partido 12,60€; este é o valor e o preço do seu voto. Quando um político lhe pedincha o voto, está-lhe a mendigar 12,60€. Esse politico, a si, pede-lhe o voto gratuito, mas ao estado, vai vender esse voto por 12,60€. É certo que o politico lhe vende, a si, fé e esperança, lhe vende promessas e mais promessas em troca de seu voto. O politico é especialista em prometer, mas será que a promessa do politico vale 12,60€?
Adquirido o poder, vai o politico comercializá-lo da forma que mais lhe aprouver. Ou o troca por dinheiro, se possível "dinheiro vivo", ou então por outros bens materiais.
Sendo o politico o comerciante do poder, compete ao cidadão saber se está disposto a vender o seu voto em troca de promessas. Promessas essas que, por parte dos políticos, nunca chegam a ser cumpridas. Assim:
Não dê o seu poder de decisão ao politico, o politico é um traidor que lhe não dá o prometido, não vote. Se não votar, a democracia representativa vai ser substituída pela democracia directa, e então, você poderá exercer directamente o seu poder sobre a comunidade.