Matematização da Teoria da Densidade do Espaço

A teoria da relatividade admite que o espaço-tempo e a massa são duas entidades distintas e a massa deforma o espaço-tempo originando aquilo a que chamamos gravidade. Apesar de engenhosa esta teoria está incompleta já que espaço-tempo-massa é apenas uma realidade, não são duas é apenas uma, e só uma, realidade. Não é a massa que deforma o espaço-tempo mas, pelo contrário, a deformação do espaço-tempo origina aquilo a que chamamos massa. Na realidade, massa é apenas espaço-tempo enrolado sobre si próprio, que o torna denso. A esta entidade única  massa-espaço-tempo vou chamar espaço, no entanto, poderia atribuir-lhe qualquer outro nome. Einstein partiu de uma relação da física clássica entre espaço e tempo para criar a noção de velocidade da luz como uma constante universal e maior velocidade possível, depois fez a ligação entre a sua nova física e a física tradicional e acrescenta uma dimensão aos referenciais tradicionais.
Agora, vou partir de uma relação clássica entre massa e volume para criar a noção de densidade primordial, no instante inicial do Big-Bang, como uma constante universal e maior densidade possível, a seguir farei a ligação entre a nova física e a tradicional e acrescentarei uma dimensão ao antigo sistema referencial:
Como se sabe Karl Schwarzschild trabalhou matematicamente a teoria da relatividade e aprofundou o conhecimento sobre buracos negros com o chamado raio de Schwarzschild segundo o qual: r = m x 1,48x10-27 (m = massa em quilogramas e r = raio em metros) sendo o raio uma manifestação de espaço, logo podemos desde já estabelecer uma conversão bilateral entre massa e espaço através desta relação de proporcionalidade. No entanto, pelos princípios de equivalência matemática, podemos fazer: r3 = m3 x 3,2418x10-81 sabemos também que, no momento inicial do Big-Bang este foi o mais denso buraco negro de todos os buracos negros conhecidos ou imaginados, portanto no momento primordial do Big-Bang, a massa era uma e só uma, toda a massa estava concentrada numa unidade assim, seja qual for o sistema de medição m = 1 logo, m3 = 1 pelo que r3 = 3,2418x10-81 e como a fórmula da densidade é: densidade(d) = m/V (m = massa e V=volume e V=r3 )  então d = 1/3,2418x10-81 portanto da = 3,0847x1080 esta é a densidade absoluta(da) e não considero o cálculo a partir do volume da esfera porque não se sabe se no momento primordial inicial havia ou não rotação ou vibração capaz de deformar a geometria do espaço mas esta densidade primordial absoluta, no instante inicial do Big-Bang, como uma constante universal é a maior densidade possível e tem a sua correspondente comparativa, em Einstein, na velocidade da luz. A partir daqui, quando Einestein afirma que E = mc2 (E=energia; m=massa; c=velocidade da luz=299792458m/s) sabendo que da (densidade absoluta) é uma constante universal absoluta com valor da = 3,0847x1080 e que m = Vxd (m=massa e V=volume e d=densidade) pode-se agora afirmar com toda a coerência matemática que E = Vx3,0847x1080x8,9876 x1014 e portanto E = Vx2,7724x1095  e daqui se deduz que é o volume de espaço que é energia, e nunca a massa. Esta transformação bilateral do espaço em energia é interessante mas, é preciso fazer a ligação entre esta nova física e a física tradicional; é pois aqui que surge, por semelhança com Einstein, o factor de Lorentz. Assim, neste factor de Lorentz, a velocidade considerada é substituída pela densidade considerada e a velocidade da luz, como velocidade absoluta é substituída pela densidade primordial, como densidade absoluta. Realmente a transformação de Lorentz permite-nos ligar esta nova física com a tradicional através da relação seguinte em que gama é o factor de Lorentz:
Por outro lado, quando a massa no instante primordial é igual a unidade (m = 1), a massa total é unitária, então qualquer fragmento de massa actualmente considerado é uma fracção ou parcela da massa primordial  logo, se retirar a massa ao antigo sistema, necessariamente se terá de acrescentar uma nova dimensão ao novo sistema referencial. Essa nova dimensão, a quinta dimensão, forçosamente terá de ser angular, rotacional ou periódica ou seja, expressa por uma coordenada angular ou periódica em relação com as restantes coordenadas. Esta dimensão rotacional, angular, polar ou periódica é a quinta dimensão num sistema referencial com coordenadas, angulares, polares e não polares.
No entanto, se não considerarmos uma relação entre a densidade relativa e a absoluta, mas apenas considerarmos uma relação entre duas densidades relativas, como acontece no limite de Roche com as forças de maré, pois aqui deverá ser efectuado um tratamento matemático de acordo com a teoria da densidade absoluta, semelhante ao que seria feito quando se relacionam duas velocidades relativas diferentes da velocidade da luz. Édouard Roche ao relacionar matematicamente diferentes densidades relativas, usou os conhecimentos da física de Newton e este, por sua vez, estudou o empuxo de Arquimedes. Actualmente sabemos as leis qualitativas das densidades segundo as quais densidades semelhantes se aproximam e densidades diferentes se afastam; sabemos também que o movimento encurta o espaço, ou seja este fica mais denso, massificado e o calor dilata o espaço, ou seja este fica menos denso e conhecemos a densidade absoluta primordial portanto, forçoso se torna concluir que antes do Big Bang os fenómenos relacionados com a temperatura, eléctricos e magnéticos se encontravam separados dos fenómenos relacionados com a massa, espaço e tempo que aqui unifiquei com teoria da densidade espacial. Pelo encontro destas duas categorias de fenómenos ocorre o Big Bang. O principio que provocou este encontro assim como a dispersão heterogénea do espaço ainda não se conhece, no entanto esse principio será um principio organizacional que causa uma dimensão fora da realidade física, a sexta dimensão. A actual capacidade de ser observador, de observar a nossa realidade física vem certamente desse principio organizacional presente no momento primordial e constitui a base da sexta dimensão que irá acrescentar conhecimentos sobre fenómenos que ultrapassam o limite do actual universo conhecido.
A aplicação prática da teoria da densidade do espaço poderá ser efectuada em grandes aceleradores de partículas conjugados com variações bruscas e extremas de temperatura que irão dilatar e contrair o espaço formando como que invaginações ou dobras que se aproximam e originam “buracos” que são portas para as viagens intergalácticas, ultrapassando as barreiras da velocidade da luz.                                               Doutor Patrício Leite, 6 de Maio de 2013