Por um lado, o movimento
incessante de tudo quanto existe impõe a ausência de um referencial absoluto;
por outro, muitos teóricos da astronomia assumem que há uma dilatação do espaço
em todas as direcções e por isso o universo, nosso conhecido, está em expansão.
Sendo a densidade um quociente entre a massa e o volume, logo se conclui que um
universo em expansão, com o volume a aumentar, implica necessariamente numa
variação da sua densidade que diminuirá se não lhe for introduzida a massa correspondente.
O movimento, qualquer que seja
o nível considerado, está sempre associado a diferença de densidade mas,
também, sem diferença de densidade não existe movimento.
Se for considerada a densidade
absoluta(da) do densitrão como da = 3,0847x1080 Kg/m3 então
da aplicação do princípio de Arquimedes à flutuação conclui-se que a densidade
de um corpo(dc) surge em função proporcional do quociente entre o seu volume
imerso(Vi) e o seu volume total(Vt), cuja constante de proporcionalidade é a
densidade absoluta(da) do densitrão, assim formulada: dc = (Vi / Vt) x da; com
da = 3,0847x1080 Kg/m3.
Esta formulação, quando bem
pensada, ajuda a explicar os movimentos astronómicos num universo
hipoteticamente em expansão; ajuda também a explicar muitos movimentos da
mecânica macroscópica porém na tradicional microfísica de partículas há uma
certa relutância em calcular o volume teórico dessas partículas elementares.
Assume-se o fotão como uma partícula elementar em movimento e sem massa de
repouso, mas não se calcula o seu volume. O facto é que o fotão e o densitrão
têm aspectos em comum pois estão ambos implicados em valores absolutos,
respectivamente da velocidade e da densidade e se a velocidade máxima e
absoluta da luz permite pensar a conversão do espaço em tempo já a densidade
máxima e absoluta do densitrão permite pensar a conversão da massa em volume,
sendo o volume uma apresentação tridimensional do espaço. A luz é uma onda
electromagnética e, por isso, possui as características comuns a todas as ondas.
Aceita-se que ondas mecânicas, como as ondas sonoras, se propagam em meios
materiais através de vibrações que alteram as características de volume e
densidade do meio circunjacente transmitindo sucessivamente a frequência
vibratória às partículas adjacentes. As ondas electromagnéticas, ainda que se
propagassem na ausência de matéria (o conceito de matéria ainda não tem
consenso definitivo) são obrigadas a se deslocar através do espaço. Apesar das
diferentes concepções geométricas do espaço, resta saber se o espaço, ou menor
distancia entre dois pontos, é contínuo ou descontínuo. Aceitar um espaço contínuo
significa concordar que para algo se deslocar entre dois pontos terá de passar
sucessivamente por todos os pontos intermédios; por outro lado aceitar o espaço
descontínuo significa que a deslocação, entre dois pontos, se faz como que por
saltos, como o descer de uma escada, entre um degrau e o que se segue não há
estádio intermédio. Para o senso comum, apoiado na observação imediata dos
órgãos dos sentidos, o espaço ou distância parecem contínuos, no entanto, por
semelhança com aquilo que se passa nos filmes projectados em telas
cinematográficas, apesar de parecer contínuo o movimento surge pela projecção
de imagem após imagem. Mas num espaço ou distância descontínuo é preciso uma
unidade básica; uma unidade que se vai repetir até perfazer o espaço ou
distância considerados; essa unidade é o densitrão. O densitrão é uma unidade
elementar de densidade, ou seja um quociente elementar entre massa/volume que
traduz o quantum unitário de
distância ou espaço entre dois pontos. É agora que a teoria fotónica entra em
crise. A particularidade da luz ou ondas electromagnéticas assente na dualidade
onda partícula, que se propaga no vazio, deixa de se verificar. As ondas
luminosas assumem todas as características das ondas mecânicas.
As ondas luminosas consistem na
vibração de partículas, ou seja, de densitrões que se propaga aos densitrões circunjacentes
transmitindo sucessivamente a respectiva frequência vibratória. Assim como as
ondas do mar consistem na vibração de moléculas de água que se propaga às
moléculas adjacentes; também as ondas luminosas consistem na vibração de
densitrões que se propaga aos densitrões adjacentes. Quando a onda luminosa
assume as características de uma partícula, essa partícula não é um fotão mas
sim um densitrão.
Doutor Patrício Leite, 16 de Agosto de 2017