As discrepâncias que se encontram na vida macroscópica de
todos os dias no que diz respeito a fenómenos, como a flutuação de um navio,
com grande peso e grande quantidade de massa, feito de aço maciço, mas o
afundamento de um simples parafuso; levam a pensar na densidade, mas também nos
mecanismos microscópicos, nas interacções subatómicas que explicam esses
movimentos. Também se encontram discrepâncias ao estudar os elementos químicos
da tabela periódica no que diz respeito ao raio atómico, logo ao volume, associado
com o número e a massa atómica e respectiva densidade dos átomos. Em
determinadas situações da tabela periódica, mantendo-se o volume e aumentando a
massa, a densidade parece diminuir, ou pelo menos, não aumenta tanto como seria
de esperar; noutras situações, a relação de aumento proporcional de massa e volume
não mantém a proporcionalidade da densidade, parecendo que há protões ou
neutrões com maior massa do que outros, o que é um contra senso, uma irracionalidade
científica. Algumas, mas não todas, estas situações da tabela periódica têm
explicação, porém essa explicação nem sempre é racional e em conformidade com
os conhecimentos científicos. No entanto, uma das maiores discrepâncias surge
quando se quantificam os níveis energéticos dos átomos, os orbitais e
respectivos números quânticos. A mecânica quântica comporta um dos maiores
paradoxos filosóficos que se colocam ao entendimento humano; assim é que ao
estabelecer saltos energéticos, saltos quânticos para a distância do electrão
ao respectivo núcleo; a teoria quântica estabelece uma descontinuidade da matéria,
da massa e da energia mas, por outro lado, mantém uma continuidade na medição
das distâncias espaciais entre as orbitais ou camadas electrónicas; esta
descontinuidade contínua ou esta contínua descontinuidade constitui um paradoxo
útil para explicar as interacções das forças fundamentais nucleares forte e
fraca e da força electromagnética mas não consegue explicar a gravidade. Na
realidade no universo não existe gravidade, os fenómenos habitualmente
descritos como gravidade mais as forças de coesão e tensões superficiais,
inclusivamente os fenómenos de capilaridade, devem-se a gradientes de densidade
espacial; há corpos e matérias, mais ou menos fluidos, que se deslocam por
entre diferentes gradientes de densidade, até encontrarem uma densidade
equivalente á sua própria densidade. A teoria quântica tradicional falha, e
torna-se filosoficamente paradoxal, porque considera este movimento entre gradientes
de densidade como tendo continuidade na distância, no espaço, como se a métrica
da distância fosse contínua, quando na realidade a distância é descontínua, define-se
por saltos, em semelhança ao que ocorre na quantificação energética das
orbitais; mas para isso é necessário uma quantidade mínima, uma quantidade
mínima de distância, abaixo da qual o salto não ocorre e depois os restantes
saltos serão múltiplos do primeiro; essa quantidade mínima é o densitrão. O
densitrão é uma “partícula de distância ou espaço”, é uma distância densificada,
é uma “partícula” elementar com densidade 3,0847x1080 ou seja, é uma
“partícula” elementar simultaneamente massa e espaço que permite agora
desenvolver uma teoria quântica dos fenómenos associados a gradientes de
densidade e que habitualmente são tidos como gravitacionais. A mecânica
quântica da física de partículas, no seu modelo padrão, assume os fermiões como
partículas massivas e os bosões como “partículas” de radiação, necessitando do
bosão de Higgs para a explicação de que todas as partículas têm massa; no
entanto as partículas podem ter massa mas não volume; é aqui que surge uma nova
classe de “partículas”; os densitrões, e dentro desta classe haverá um
densitrão que dará dimensões, que dará volume a si próprio e às restantes
partículas.
Assim, o densitrão permite uma teoria quântica, uma teoria
da descontinuidade da distância ou espaço, para explicar os movimentos entre
diferentes densidades (o que inclui os fenómenos da gravidade) mas também,
entre outras funções, permite que as partículas elementares tenham volume. Mas o
densitrão não é mais do que uma densificação elementar da distância, uma
densificação elementar no espaço contínuo.
Doutor
Patrício Leite, 7 de Agosto de 2015