A
ciência actual assume as ideias dominantes de continuidade e linearidade da
distância entre dois pontos abstractos do espaço. Como por definição, pontos
são apenas abstracções mentais de natureza adimensional, então existirá sempre
alguma dimensionalidade a provocar discrepância entre as previsões teóricas e as
situações concretas. Na realidade a distância entre quaisquer entidades
espaciais é um volume, não uma linha recta ou curva; o espaço, a distância, não
é uma linha recta nem curva, a curvatura do espaço não se verifica; a realidade
espacial da distância entre duas entidades é volumétrica e a sua linearização constitui
um factor de erro na previsibilidade teórica.
É
também comum e frequente assumir que entre dois pontos do espaço a distância é contínua;
portanto entre quaisquer dois pontos considerados, a métrica de medição da
distância assumiria valores de continuidade infinitamente sucessivos. Acontece
que o conceito de infinito, de infinitamente grande ou de infinitamente pequeno
são abstracções mentais que não se conseguem aplicar a casos concretos; a
realidade tem fim, é finita. O infinito apenas existe na mente de quem o pensa,
nunca se concretiza. Assim, conceber a distância como continua ao nível
infinitamente pequeno é uma falácia que nunca se consegue concretizar. A
distância ou espaço entre duas entidades é descontínua. Por semelhança com a
mecânica quântica em que a absorção ou emissão de energia, num átomo, se faz
aos “saltos”, por quantidades bem definidas; também a distância entre duas
entidades se faz aos “saltos”, por quantidades bem definidas. O quantum de
distância mínima é o densitrão. Qualquer distância considerada terá sempre como
valor um múltiplo do densitrão. Mas o densitrão é matematicamente um quociente
entre a massa e o volume, é uma densidade cujo valor constante e absoluto é 3,0847x1080
Kg/m3 pelo que assim, surge um espaço, uma distância volumétrica, descontínua
e deformável que apenas precisa de manter a constância do densitrão,
convertendo volume em massa ou massa em volume. A investigação científica
futura em tecnologia da distância volumétrica e descontínua, irá permitir ao
ser humano, entre outras proezas, as viagens a distâncias intergalácticas.
Doutor Patrício
Leite, 1 de Fevereiro de 2016