Dualidade democracia representativa v.s. Democracia directa

Nas actuais democracias representativas os clássicos poderes do estado (legislativo, executivo e judicial) exercem-se por outorgantes representantes do povo.
Nestas situações, a dualidade conflitual é estabelecida entre os representantes do poder organizacional do estado e os representantes do eleitorado ou seja, do povo. O/s partido/s do governo representa/m o poder do estado. O/s partido/s da oposição representa/m o poder do eleitorado. A democracia é o poder do povo; mas este poder é exercido pelos seus representantes. As duas partes no conflito democrático actual, são representantes; não são um poder original, um poder directamente exercido; são sim representantes.
Naturalmente, estes representantes, representam um certo número de pessoas, de povo; a que se acrescenta a autorepresentatividade do representante. Aqui surge o conflito de representatividade, que mais se faz sentir quando os conflitos de interesses, necessidades e funções entre o representante e o representado são antagónicos.
Nesta situação: Quem vai o representante representar? Os interesses do povo representado ou os seus interesses pessoais representados?
A democracia representativa tem inerente um conflito indissociável: As necessidades dos representantes e as necessidades dos representados.
O povo sabe que no teatro dos representantes as necessidades pessoais sempre ultrapassam as dos representados. Assim, o povo sabe que os politicos e os demais representantes, sejam quem forem, são sempre mentirosos. Isto é; a representação é sempre uma farsa e nunca a realidade. É um teatro de representações, mas não a realidade. Representa-se a realidade; mas não se é a própria realidade.
Para colmatar esta lacuna surge a democracia directa. Na democracia directa cada um representa apenas os seus interesses e necessidades pessoais e nunca representa interesses de outras pessoas.
Com o avanço da tecnologia em que cada um se pode fazer representar pessoalmente, a cada momento, por telemóvel, com SMS, televoto etc. a representatividade dos representantes deixa de ter sentido. Não mais é necessária pois cada um basta-se para se autorepresentar. Surge a DEMOCRACIA DIRECTA. Paulatinamente a representatividade vai sendo substituida pela DEMOCRACIA DIRECTA SECRETA, este voto directo e secreto será o futuro exercício do poder plítico. Naturalmente os actuais representantes vão berrar e espernear na tentativa pessoal de manter o actual poder politico; mas a crescente necessidade, que o povo tem, de poder pessoal e esclarecido, acabará por vencer.
Este é o meu vaticínio, a minha profecia, a minha certeza.
CONTRA A DEMOCRACIA REPRESENTATIVA! VIVA A DEMOCRACIA DIRECTA!