Bit é a unidade básica de
informação dos actuais computadores electrónicos. Esta unidade básica de
informação, o bit, corresponde à carga de um elemento da electrónica, o
condensador, que acima de um certo nível toma o valor lógico 1 por se dizer
carregado e abaixo desse nível toma o valor lógico 0 por se dizer descarregado.
Este sistema binário tem o seu fundamento no pensamento da lógica bivalente
Aristotélica; no entanto, com o pensamento neodualista, a lógica bivalente é
substituída por uma lógica dualista. De acordo com o pensamento da lógica
dualista, a negação do valor 1 ou verdadeiro não dá o valor 0 ou falso mas dá,
tão somente, a negação do verdadeiro; por outro lado, a negação do falso não dá
o verdadeiro mas dá, tão somente, a negação do falso. Neste sistema da lógica
dualista, se a negação do verdadeiro dá apenas o não verdadeiro, também
logicamente se conclui que a negação do não verdadeiro, não dá o verdadeiro
mas, tão somente dá, a negação do não verdadeiro. Assim, a dupla negação,
tradicional da lógica bivalente, toma um sentido completamente diferente na
lógica dualista. Não são os dois valores lógicos, verdadeiro e falso, que
constituem a dualidade mas esta é constituída pelo valor lógico e pelo processo
lógico. A lógica bivalente foi muito importante, permitiu o avanço da
computação até ao momento actual mas, a lógica dualista permitirá avançar muito
mais: desde melhoramentos na actual computação electrónica até a implementação
da próxima estrutura de computação fotónica a que se seguirão a quântica e
posteriormente, outras como a fotoquântica, termoquântica e termocinética da
densidade espacial. Dos actuais componentes electrónicos elementares:
condensadores (variáveis e fixos, a mica, ar, papel etc.), resistências (fixas
e variáveis), díodos e transístores constituídos pelo emissor, base e colector,
com estrutura PNP ou NPN; é no condensador que se guarda o bit da memória RAM.
Um condensador é como uma minúscula bateria que condensa, ou seja, densifica a
carga eléctrica. Pela lógica bivalente implica um condensador para cada bit, já
que este condensador ou está carregado ou descarregado; pela lógica dualista
pensa-se nos imensos níveis de aumento ou diminuição da densidade eléctrica,
quando o condensador está a carregar ou a descarregar, e nos imensos bites de
memória associados a esses níveis. Como o bit de informação pode estar
associado a cada nível de carregamento do condensador mas também a cada nível
do seu descarregamento, ao acoplar vários transístores (PNP e NPN) a um só
condensador, o desempenho será melhorado, tanto para a memória RAM como os
restantes processos do computador. Quanto menor for a diferença entre estes
níveis de carga e descarga mais nos aproximamos do nível microscópico, atómico,
subatómico e da computação quântica, cujos níveis energéticos se associam a
orbitais atómicas mas cujos bits de informação também se associam a outros
números quânticos. Assim, em computação quântica a lógica dualística é
fundamental. Um só átomo com as suas partículas subatómicas pode processar
imensa quantidade de informação pelo que os computadores quânticos terão
capacidade para trabalhar com factoriais e permutações matemáticas associadas
com a encriptação, inteligência artificial e outras. Mais fácil, é a construção
de computadores fotónicos que usam a luz para processar informação. De facto,
há várias substâncias capazes de condensar a luz, e funcionar como
fotocondensadores; outras substâncias oferecem maior ou menor resistência a
passagem da luz (fotoresistências); outras ainda apenas permitem que esta passe
num só sentido (fotodíodos); enfim os quatro componentes básicos da electrónica
tradicional podem agora ser transpostos para a fotoelectrónica com as
fotoresistências, fotocondensadores, fotodíodos e fototransístores com a
construção de computadores fotónicos que não aquecem tanto como os
electrónicos, processam a informação à velocidade da luz e podem trabalhar
simultaneamente em várias faixas do espectro electromagnético ampliando a capacidade
de processar informação. Também na fotocomputação o pensamento da lógica
dualista é fundamental. Numa sequência evolutiva, após a computação electrónica
teremos a fotónica e posteriormente a quântica; no entanto a adaptação
combinada elevará extraordinariamente a capacidade do processamento de
informação. Finalmente é na condensação; da carga eléctrica, da luz ou dos
quanta de energia e portanto na densificação do espaço, que está a memória da
informação em processamento. Compreender a teoria da densidade do espaço irá
conduzir à computação termocinética da densidade espacial como um novo mundo
computacional a explorar. Munidos deste conhecimento científico-tecnológico e
da metodologia dualística filosófica globalizante podemos agora avançar para a totalidade
do universo físico actual como informação organizada. Ainda não conhecemos os
emissores, mensagens e contexto mas já conhecemos os receptores e o contacto e
estamos a decifrar o código. Doutor Patrício Leite, 3 de Novembro de 2013