Ideologia na ciência

A ciência – técnica ganhou a credibilidade da população mas a única ciência é aquela que resulta do método científico: observação – hipótese – experiência, tudo o resto não é ciência, é ideologia pseudocientífica. Primeiro procurou-se a colagem de uma matemática mais fluida, mais probabilística, mais estatística que foi desvirtuando a ciência, seguidamente foi-se atribuindo o nome de ciência a saberes humanos que nada têm de científico. O abuso da linguagem tem permitido que em nome da ciência se produzam as maiores atrocidades de ideologias com o propósito da dominação humana.
Na sequência da introdução da matemática estatística como método de desvirtuar a verdadeira ciência foram sendo criadas teorias ditas científicas, mas que de ciência nada têm; na realidade sem a aplicação do método científico não se produz conhecimento científico e as teorias ao envolverem o todo, a totalidade, não permitem o uso da experimentação, restando apenas a observação e a formulação de hipóteses que não podem ser confirmadas, ou infirmadas, pela experimentação, por isso não são ciência. As teorias podem ter coerência interna, podem estar de acordo com o saber e as ideologias dominantes, mas não são ciência.
Quando a teoria da relatividade de Einstein define uma constante absoluta no quociente entre duas grandezas fundamentais ou quando a teoria da densidade do espaço de Patrício, define também uma constante absoluta no quociente entre outras duas grandezas fundamentais, mais não são do que teorias, não se podem comprovar pelo crivo do método científico, não podem ser sujeitas à experimentação e por isso são apenas teorias, não são ciência. A consistência acrescida da teoria da relatividade resulta de uma grande máquina de propaganda que a divulga em todo o mundo, assim como uma doutrinação constante e persistente dos estudantes que a ela são submetidos desde os primeiros anos de estudo; se isso ocorresse com a teoria da densidade do espaço de Patrício, pois seria esta teoria a dominar as ideias no mundo do conhecimento dito científico.
Na realidade nem a teoria da relatividade nem a teoria da densidade do espaço de Patrício tem qualquer mérito extraordinário pois se considerássemos as tradicionais sete grandezas físicas fundamentais e a análise combinatória da matemática; com as combinações simples, imediatamente constataríamos       que, para estas sete grandezas, o número de agrupamentos de combinações 2-a-2 é 21, e se agora considerássemos também a função inversa pois, matematicamente, teríamos em análise combinatória um total de 42 arranjos. Ainda que se desprezem os arranjos por, na física, corresponderem a uma mera função inversa, sempre resultaria um total de vinte e uma teorias; se agora retirarmos a da relatividade e a da densidade, pois ainda ficam 19 teorias por descrever, todas com a mesma consistência dita científica. Finalmente, qualquer pessoa que domine alguns conceitos da ciência, imediatamente, e por analogia, pode produzir teorias com a mesma consistência interna que a da relatividade ou a da densidade de Patrício.
                            Doutor Patrício Leite, 18 de Agosto de 2016