O dualismo sempre se manifestou
ao entendimento do ser humano. Já os filósofos pré-socráticos discutiam entre
sí, contrapondo as ideias unicistas e pluralistas. Os filósofos unicistas
entendiam que tudo era uno, comum e contínuo e o movimento era uma ilusão dos
sentidos. Um dos filósofos unicistas, Zenão, concebeu paradoxos; os paradoxos
de Zenão, para demonstrar a continuidade da matéria e a impossibilidade do
movimento. Só por si, a tese unicista autodestrói-se pois, o ser pensante e o
pensado, o ser que sente e o sentido, obrigatóriamente serão distintos; no
entanto também, muito conhecimento se produziu contrariando essa tese. Quanto á
doutrina do comum, também esta encerra incoerências paradoxais que ferem o
entendimento humano. O paradoxo de Patrício demonstra que: se duas partes
estão, uma sobre a outra, então têm pelo menos um ponto comum a ambas. Qundo se
movem, esse ponto comum desaparece. Ora a destruição de matéria é inconcebivel
pois ao longo do tempo tudo se reduziria a nada. Assim como os paradoxos de
Zenão, também o paradoxo de Patrício tem falácias e incongruências pelo que
actualmente, apenas servem para demonstrar que nem todo o pensamento humano se
aplica á realidade. Por exemplo o conceito de infinito apenas se aplica á
matemática mas nunca ao universo real. O finito e infinito, o contínuo e
descontínuo, o comum e particular não são mutuamente exclusivos mas coexistem
nas realidades dualisticamente identitárias.
Doutor
Patrício Leite, 7 deMaio de 2012