O INVERNO QUENTE DE 2011 / 2012

Nas próximas eleições, em 5 Junho de 2011, vai sair um governo por maioria absoluta de coligação. Primeiro será o espanto, a população portuguêsa, desorganizada nada vai fazer. Paulatinamente serão impostas medidas de rigor crescente, haverá um acumular de carências, de necessidades insatisfeitas, diminuirão os rendimentos, os pobres cairão na miséria, a classe média empobrecerá. Os que vivem do rendimento minimo garantido, da baixa médica, do fundo de desemprego permanente terão mais dificuldades em obter esses prazeres; os óciosos terão de trabalhar, ficarão descontentes, aumentará a criminalidade, a insegurança, a desordem social. Surgirão pequenos focos de revolta. Os grupos de desintegrados que habitam as cidades periféricas da capital, os fanáticos do futebol, os que nada têm a perder; serão os primeiros a mostrar a sua violência social. Os sindicatos e grupos de classe seguirão concomitantemente a um descontentamento progressivo que irá alastrar a toda a população portuguesa. É certo que dos representantes sindicais e dos representantes de classe nada haverá a temer, serão manifestações ordeiras e controladas, no entanto as manifestações espontâneas de pessoas indignadas, de pessoas que se sentirão enganadas pelo sistema representante da democracia representativa, serão cada vez maiores. As pessoas sentirão, cada vez mais, que todos os políticos que as representaram, ao longo da democracia representativa, as trairam; deixarão de confiar nos seus representantes, desejarão tomar parte do processo do poder de decisão; cada vez mais pretenderão uma democracia directa, pretenderão votar em propostas de decisão sobre a comunidade e não em partidos, não em politicos, nunca em pessoas. As pessoas sentirão que são mais capazes de governar do que os actuais políticos e por isso os desprezarão, surgirão manifestações de rua contra a classe politica, contra os políticos incapazes, incompetentes, falsos e mentirosos; os vários tipos de polícias de intervenção, os militares serão mandados para magoar, bater e ferir os cidadãos a fim de manter uma constrangedora ordem pública, estes polícias e militares ficarão em conflito interno entre bater, magoar e causar sofrimento aos seus semelhantes, muitos dos quais seus familiares, directos ou indirectos, e a sua obdiência cega a mesquinhos representantes politicos que apenas satisfazem interesses próprios, pessoais e egoistas. Os polícias e militares, detentores de armas capazes de matar pessoas, tornar-se-ão amigos das pessoas, dos seus cidadãos e familiares. Compreenderão que os maus são os políticos, incompetentes, corruptos e mentirosos. As forças capazes de matar unir-se-ão ás pessoas a fim de expulsar esses malvados políticos: será mais um passo em direcção á DEMOCRACIA DIRECTA, a democracia onde o poder está na mão das pessoas e não dos seus representantes, onde são os representantes que obdecem ás pessoas e não as pessoas que se submetem á vontade desses mesquinhos representantes. Os militares, os polícias e todos os detentores de armas, sabem que têm mulher, filhos e outros familiares; magoar, maltratar e ferir as pessoas de Portugal, é ferir a própria familia que tanto amam. VIVA A DEMOCRACIA DIRECTA!