Quando contemplamos a
totalidade do universo, nosso conhecido, e imaginamos a infinitude da
imensidão; quando pensamos na diversidade da vida na Terra, ou até, imaginamos
outras formas de vida e de existência; pensamos na variabilidade. As ideias
progressistas e as teorias evolucionistas acreditam que a mutabilidade não terá
fim, que é possível uma mudança infinita, que a variabilidade infinita permite
encontrar sempre algo diferente, que o passado não se repete, enfim, que o
infinito predomina e controla o domínio do finito.
Uma análise mais minuciosa,
uma reflexão mais profunda, demonstra que o infinito caótico coexiste com o
finito ordenado; que na imensidão existe o caos constituído por infinitas
partes separadas, porém, uma dessas partes é a ordem, uma ordem que organiza as
partes restantes, uma ordem que organiza o caos. Na imensidão a ordem e a
desordem coexistem mas a ordem organiza a desordem, organiza o caos. A
organização do caos faz-se de modo finito por permutações que traduzem a máxima
variabilidade distintiva que a ordem pode estabelecer.
As partes separadas na
imensidão, podem-se combinar desordenadamente, podem-se arranjar de modo
ordenado, numa quase organização, mas são as permutações que permitem
relacionar as combinações com os arranjos numa máxima variabilidade distintiva
finita.
A máxima ordem distintiva tem
uma forma ou estrutura estável e repetitiva; a mutabilidade distintiva finita, organiza
o caos através da repetição dos filamentos de Patrício, filamentos estes que
resultam de uma função, de uma função universal que coloca um termo, que coloca
um fim, que limita a variabilidade distintiva da diversidade. A ordem e o caos
coexistem numa dualidade conflituante mas a organização do caos tem uma estrutura
finita, a variabilidade do universo, a variabilidade de toda a existência, a
variabilidade da totalidade do ser, tem expressão máxima nas permutações
matemáticas. No domínio do caos existem partes separadas, partes que se não
relacionam; no domínio da ordem as partes têm relações previsíveis: podem-se
combinar numa quase ordem ou arranjar de forma ordenada mas a maior variabilidade
da ordem distintiva ocorre nas permutações e estas, enquanto resultado de
relações entre combinações e arranjos, constituem a maior ordem previsível e
contável de variabilidade diferencial, ordem essa que se repete em filamentos
finitos de arranjos ordenados. Na imensidão existem partes separadas, uma
dessas partes é a vida; a vida é uma parte organizativa e expansiva que tem por
finalidade a sua permanência; a vida, em íntima relação com os seres vivos,
constitui a maior ordem ou organização que se pode imaginar, e tudo começa, ou
termina, no ácido desoxirribonucleico (ADN). Os arranjos, as combinações e as
mutações no código genético são a fonte da variabilidade e da diversidade, mas
são finitas e limitadas, por isso, a totalidade da variabilidade e
adaptabilidade da vida, como um todo, também é finita e limitada.
Doutor Patrício Leite, 15 de Janeiro de 2017